quarta-feira, 18 de maio de 2011

"Sou maluco para te amar e louco para te salvar"

E aí pessoal!? Hoje tô afim de falar desse cara aqui, ó:


             Calma, esse não é Inri Cristo antes de se tornar "pop". Ele é José Datrino, ou se preferirem podem chamá-lo de "Gentileza", ou ainda, profeta Gentileza. Bom esse senhor é mais um "Napoleão", porém não digo isso no sentido pejorativo, digo porque é assim que muitos olham para pessoas como ele, "é só mais um louco", e pensando nisso vamos tratá-lo como tal. 
          Mas então por que perder tempo com um maluco? Bom, porque esse maluco perdeu tempo com você!

    A criança: 
         Primeiro permitam-me apresentá-lo a vocês, seu nome, como já foi dito, é José Datrino, ele é de Cafelândia - São Paulo, nascido em 11 de abril de 1917, cresceu em uma família simples junto com mais onze irmãos (tá, nem tão simples assim), a sua infância foi marcada por muito trabalho (no campo) e por uma situação peculiar, quando aos treze anos de idade começou a ter "premonições" sobre sua missão na terra o que levou a sua família a tachá-lo de louco desde cedo. José Datrino (que ainda não era Gentileza) passou a acreditar que um dia, depois de estruturar família, deveria deixar tudo para traz e partir em pró de sua missão.
   
   A missão:
           Não sei se você ouviu falar, mas em 17 de dezembro de 1961, em Niterói, ouve um grande incêndio no "Gran Circus Norte-Americano", tal tragédia ficou conhecida como, A Tragédia de Gran Circus Norte-Americano, isso porque no incêndio morreram mais de 500 pessoas, crianças em sua maioria. 
      E o que o José tem haver com isso? Eu explico. Na antevéspera do natal, seis dias após o acontecimento, José acordou dizendo ter ouvido "vozes astrais" que o mandavam abandonar o mundo mateiral. Ele então pegou um de seus caminhões e foi para o local do incêndio e sobre as cinzas do incêndio plantou um jardim. E foi aí que José Datrino tornou-se Gentileza, o Profeta, que conversava com as pessoas tentando fazê-as compreender o real sentido das palavras Gentileza e Agradecido. Levou palavras de conforto para os parentes das vítimas do incêndio, e depois foi além tentando levar sua mensagem para todo o Brasil através de murais pintados em viadutos da cidade do Rio, ficou então conhecido como José Agradecido, ou simplesmente, Gentileza.


           Gentileza faleceu em 28 de maio de 1996, com 79 anos de idade.
      
Ele pintou mais ou menos 1,5km de viadutos em forma de murais onde expressava suas ideias.



           Bom, toda essa apresentação foi pra mostrar (a quem ainda não desistiu de ler o texto), ou pelo menos tentar mostrar, que não faz sentido fechar os olhos para o que está a nossa volta e acreditar que nosso caminho já está traçado, que qualquer pessoa tem algo a nos ensinar, que são os pequenos detalhes que fazem os grandes planos darem certo e que não adianta ficar parado esperando que o messias volte, pois tantos homens dignos de admiração vieram depois e tão poucos pararam pra ver.
            Só o que eu queria, sinceramente, é que você que aguentou até aqui, pensasse em Gentileza, falasse com Gentileza, praticasse Gentileza e vivesse Gentileza.
         Não me entenda mal, não estou aqui me candidatando a mártir (minha falta de fé e concepção de mundo não permitem), também não estou dizendo pra você ser um, estou apenas lembrando que você pode fazer a sua parte...


Obs: A quem interessar, existem pelo menos duas músicas que conheço que falam a respeito do nosso simpático velhinho, uma é Gentileza do grande Gonzaguinha e a outra chama-se Gentileza também, porém é de Marisa Monte. A duas músicas são incríveis!

Abraços...


Romáryo Almeida Cavalcanti
        

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Delírio à beira-mar...



Tinha o destino traçado como em profecia
Falou a velha louca ao ler-me a mão
Disse que o futuro é como linha riscada no chão
E ao tentar afastar-me, mais cedo o traria
Senti por meu corpo uma brisa fria
Decidi, por fim, encontrar meu lugar
E não entregar-me ao delírio lunar
Da velha que julguei ter perdido os sentidos
Mas hoje te vejo e penso arrependido
Pra velha tá certa, o destino traçado
Meus passos escritos e nossos nomes gravados
Nas areias tão claras da beira do mar.


Hoje se tu me chamasse, eu ia correndo
Esquecia das horas e dos compromissos
Faria o que fosse e não fosse preciso
E chegava onde estás com o sopro do vento
Como as folhas de outono, numa manhã de sereno
Caía em tua janela antes do galo cantar
Te tirava da cama, pra depois te deitar
Começaria te beijando pela ponta do pé
E com movimentos contínuos de força e fé
Seríamos nós dois, como as ondas do mar...
Romáryo Almeida Cavalcanti

terça-feira, 12 de abril de 2011

Utilizável inutilizado

Eu que nada tenho, apenas sou tido
Com olhos confusos geralmente perdidos
De pensamento tragado e sentimento parido
Lembro das lágrimas que um dia deixei cair

Justo eu que sou o protador do devaneio e da consequência
Que trago um gosto amargo na boca
E um peso peculiar na consciência
Ando por aí desencontrado, por ter perdido a quem pertenci
Romáryo Almeida Cavalcanti

domingo, 3 de abril de 2011

À/A Venda...


- Vendem-se Sonhos
           
Ao homem tímido
            De vida áspera
            Que com indiferença cástica
            Retira das ruas,
Entulhos mórbidos

- Vendem-se Sonhos
           
            Aos órfãos sáfaros
            De pátria inóspita
            Que mais parece um sarcófago
            Pra os de sorte drástica

- Vendem-se Sonhos
           
            Aos moribundos clínicos
            Que aguardam estáticos
            Pelo fim profético
            Ou a cura ilógica

- VENDE-SE SONHOS, Grita, a Vida ávida
            Diz que é enganação, o Destino presságico!
            Até que encerra o expediente, a Morte trágica!

Romáryo Almeida Cavalcanti

quinta-feira, 31 de março de 2011

Antes do Fim...

                 Em verdade vos digo, preponderadamente afirmo, fatidicamente concluo, esquizofreneticamente profetizo, "arquimedicamente" diagnostico os problemas do mundo como sendo unicamente nenhum outro se não o "Humano, demasiado Humano", e com perícia revelo também que solução viável não há, que o mundo já não tenha tentado para ver-se livre de tais pragas que como cupins, e muito além, insistem em sugar-lhe até a última gota de vitalidade!

Pois ora, como diria o grande Raul Seixas em mais uma de suas proféticas letras:

 'Buliram' muito com o planeta, o planeta como um cachorro eu vejo, se ele já não aguenta mais as pulgas, se livra delas num 'saculejo'!
-As Aventuras de Raul Seixas na Cidade de Thor
Portanto não adianta choro nem vela, pois basta dar uma olhada nas coisas do jeito que estão e concluir por si só que a inevitabilidade do fim é clara!
E nessas horas você deve estar pensando que não viveu nada do que juntou!
Romáryo Almeida Cavalcanti