- Vendem-se Sonhos
Ao homem tímido
De vida áspera
Que com indiferença cástica
Retira das ruas,
Entulhos mórbidos
- Vendem-se Sonhos
Aos órfãos sáfaros
De pátria inóspita
Que mais parece um sarcófago
Pra os de sorte drástica
- Vendem-se Sonhos
Aos moribundos clínicos
Que aguardam estáticos
Pelo fim profético
Ou a cura ilógica
- VENDE-SE SONHOS, Grita, a Vida ávida
Diz que é enganação, o Destino presságico!
Até que encerra o expediente, a Morte trágica!
Romáryo Almeida Cavalcanti
Fiquei, como posso dizer, "pasmada"!
ResponderExcluirTanto a estética do poema, construído com o "estrondo" das proparoxítonas, quanto o sentido dos versos, arremessam-nos contra a parede das realidades, inclusive anônimas, que ajudamos a "fiar"...
Quanto custa um sonho?!
Meus parabéns, de pé!